Ora cá vamos nós a mais uma crónica por estas terras interessantes…
Afinal não só as senhoras que protagonizam histórias engraçadas. O mesmo acontece com os senhores 😂
Ora portanto, entre reuniões e a adaptação ao novo trabalho ia a Joana, depois de uma reunião no Google em Mountain View, a caminho de uma VC Chinesa em Santa Clara, que promove o desenvolvimento de start-up chinesas em terras Americanas.
Como não podia deixar de ser o transporte de eleição passa pela escolha entre Uber e Lyft. No meu caso temos Uber Corporate portanto nem há escolha a fazer. Enfim, o que importa é o senhor que estou prestes a conhecer! Lol
Um rapaz na segunda metade dos 20, de feições asiáticas e pronuncia americana. Muito simpático e friendly que me fez logo sentir bem-vinda (o que apreciei bastante já que a viagem são 25min).
Ora pois o moço tinha uma chamada urgente a fazer e como tal eu não tenho qualquer problema em que moço resolva os seus problemas enquanto conduz. Com kit mãos livres para mim está óptimo!
O melhor veio a seguir!!! O amigo fazia parte de um comitê que estava a organizar a primeira Conferência na Bay intitulada “From boys to men” como quem diz “De rapazes a homens”. A conferência conta com painéis e palestras sobre “como distinguir quando é altura de parar comportamentos irresponsáveis”, “como abordar a mulher de quem gostam”, “sinais para identificar que ela é a tal”, “comportamentos de rapaz vs homem”, entre outros…
No início achei imensa piada a ideia, mas depois comecei a pensar sobre o assunto e na verdade este é um dos grandes problemas da nossa sociedade.
Os homens são agora rapazes por muito mais tempo, com “brinquedos para homens adultos”, sem querer assumir responsabilidade num relacionamento e este tipo de conferências são iniciativas muito bem-vindas. Pelo menos inicia um diálogo que não existe de momento e que tanto tem consumido a mente feminina.
Na luta de alcançar equidade de género, é preciso deixar homens e mulheres expressarem-se livremente e esta conferência e isso mesmo. Marca a transição de um diálogo que há uns anos não seria considerado “de homem” e como tal nem iria existir.
Gosto de ver progresso. Gosto muito 🙂
Stay beautiful,
Joana